Jornal Estado de Minas – Terça-Feira, 14 de Junho de 2011
Exposição Itinerante Exposição Itinerante

O artista plástico mineiro Bruno Mitre buscou várias formações. Artes plásticas na Escola Guignard da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), arquitetura e urbanismo no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em BH e conservação e restauração de monumentos e conjuntos históricos, na Universidade Federal da Bahia.

A formação diferenciada está presente em sua obra. ´´Uso todas essas referências, principalmente a questão da forma arquitetônica e o geometrismo. Mas tudo serve de inspiração para criar meus trabalhos``. Garante Bruno, que faz abertura de sua exposição, Um Lugar... hoje, na galeria de Arte 1° Andar.

A mostra reúne três anos de trabalho de Mitre, que passaram por fases diferentes. Estarão expostas as séries de homenagem a Amilcar de Castro, ´´Borboletas  e ´´Botânica``- releituras de desenhos e escrituras de Leonardo da Vinci, a que Bruno também chama de homenagem.

Aos 32 anos, o artista acredita no efêmero e na renovação. ´´A arte exige inovação. Minha proposta é realmente fazer algo de vanguarda, que possa extrapolar aquilo que já conhecemos``, garante. Para Mitre, além da intenção de ousar, sua arte é reflexo de um tempo. ´´Estamos  sempre mudando e nosso dia de hoje não condiz com o de ontem. Ficam só os resquícios, mas é uma nova era e nova fase do pós-modernismo``. Afirma.

Bruno está preocupado, ainda, em fugir do óbvio. Diz acreditar que a arte deve guardar um mistério para causar reações, sejam de espanto ou deleite. ´´À arte não cabe o lugar-comum. Acredito que sua proposta deve mudar nossas experiências``, propõe.

Nos trabalhos do artista, a técnica mais usada é carvão e acrílica sobre tela, mas ele também é adepto da técnica mista e usa pastel seco e oleoso, lápis de cor, caneta, nanquim, sem se prender a algo muito específico. A exposição ´´Um  Lugar...`` será  aberta hoje, para convidados.

Thaís Pacheco